Quem tem músculos vive mais!
Está enganado quem acredita que os músculos só servem para aumentar a autoestima diante do espelho. Por trás da perda de massa e força muscular se esconde uma condição que se não for contida, pode reduzir a expectativa e a qualidade de vida.
O perigo é que justamente a partir dos 40 anos começa a decadência muscular, e ninguém escapa disso. Essa perda
de músculos associada ao envelhecimento é conhecida como sarcopenia. Dados da Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia indicam que 46% dos brasileiros acima de 80 anos sofrem disso.
Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, depois de acompanhar um
grupo de 839 idosos ao longo de aproximadamente quatro anos, apontou que o risco de mortalidade foi quase 63 vezes maior entre as mulheres com pouca massa muscular, isso revelou a importância de músculos para a longevidade.
Cerca de 40% dos óbitos resultaram de doenças cardiovasculares, por insuficiência cardíaca.
Há três fatores relacionados a isso:
- O primeiro fator é que o indivíduo que sofre de doença cardíaca tem menos músculos porque qualquer
doença crônica é uma inflamação e a inflamação diminui a produção muscular; - O segundo fator é o sedentarismo, pois a prática de atividade física é excelente para estimular o sistema
cardiovascular; - Dieta pobre em proteínas.
É possível recuperar a massa muscular perdida?
A resposta é SIM! Mesmo que o indivíduo não tenha hábitos saudáveis desde os 20 anos, ele ainda consegue ganhar
ou recuperar a massa perdida. Para isso, é importante que a partir dos 40 anos mantenha-se uma rotina de exercícios
físicos e uma dieta rica em proteínas de origem animal como peixes, ovos, carnes, ou proteínas de origem vegetal
como feijão, grão de bico, lentilha e amêndoas, por exemplo. Não estamos falando aqui de dietas “low carb”, em
que a pessoa aumenta demais o consumo de carne. O importante é que se mantenha uma boa ingestão de proteínas,
além de praticar atividade física regularmente, como musculação com uso de pesos. Os resultados aparecem ainda
mais rápidos com uma prescrição alimentar correta, elaborada por um nutricionista seguida de acompanhamento
médico.